Numa dessas noites
A tempestade que caia lá fora
Disputava sua força
Com a que caia aqui dentro.
Uma querendo ser mais forte que a outra.
As duas perturbando a minha solidão
Arrancando de mim choro e gemido
Levando,
Com a água que escorria pelas paredes
Do quarto e do meu rosto,
A paz.
Eu, incomodada com tanta aflição.
Fiz um pacto:
“-Dê-me paz de espirito e eu te entrego a minha alma e coração.”
Sem que terminasse a prece
Cai no sono.
Quando dei por mim já era dia
E nada mais sentia.
A chuva só caia lá fora
E aqui dentro,
Ainda bagunçado com os destroços que restou
Eu tive a certeza que depois de uma faxina
Nada mais me desatina
E toda aquela tristeza acabou.
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