Por Indira Bastos |
Devagarzinho vou me retirando, sem deixar aviso ou sequer bilhete de despedida. Sem que perceba, eu parto.
Vou sem arrependimento em dar o ultimo adeus. Sem que veja o meu ultimo sorriso. Ou que receba o meu ultimo beijo, abraço. Parto sem arrependimento, pois sei que enquanto estive presente, dei o melhor de mim. Abracei todas às vezes desejadas, sorrir, gargalhei sem restrições. Beijei. Pedi beijos. Vivi cada momento com a sinceridade do sentimento sentido, sem pesar em ter me entregue de todo corpo e alma, assim, como não há arrependimento em partir e deixar-te sem ao menos perceber que fui levando comigo o meu melhor, as boas e eternas lembranças de momentos eternos, eternos sim, pois tudo foi verdadeiro.
Para mim partidas nunca foram agradáveis. Então faço cera, vou me retirando aos poucos. Na tentativa de enganar a dor engano a mim mesma a ponto de que nem eu perceba a hora da partida...
...passados 66 dias dos tempos q estive aqui, recebo feliz noticia, esse jardim voltará a florir...
ResponderExcluirTrago comigo bastante coragem, pouca vergonha e disposição...
...para cultivar esta terra e ver brotar desse chão, pérolas de sabedoria, sentimentos d'alma e do coração...
...com pitadas de alegria, lágrimas de grande paixão, por letras, prosas, rima e poesia, me permitindo alforria do amor e da ilusão...
...e mais uma vez me despeço, passarim ruim de verso, sobrevivente da solidão...
Vim arar esse terreno para o jardim recomeçar
ResponderExcluirPassarinho corajoso aqui já veio semear
Com modéstia se dizendo ruim de verso a prosear
Volte aqui "seu" passarim, tras mais sementes, vem plantar
Meu Jardim fica mais lindo com as sementes que vocês trazem das bandas de lá.
ResponderExcluirvoltastes com tudo, voltastes viva, viva em subjetividade, em poética, em encantamento.
ResponderExcluirOs homens cultivam cinco mil rosas num mesmo jardim e não encontram o que procuram.
ResponderExcluirAntoine de Saint-Exupéry